sábado, 18 de dezembro de 2010

Ser

O filho que não fiz
hoje seria homem.
Ele corre na brisa,
sem carne, sem nome.

Às vezes o encontro
num encontro de nuvem.
Apóia em meu ombro
seu ombro nenhum.

Interrogo meu filho,
objeto de ar:
em que gruta ou concha
quedas abstrato?

Lá onde eu jazia,
responde-me o hálito,
não me percebeste
contudo chamava-te

como ainda te chamo
(além, além do amor)
onde nada, tudo
aspira a criar-se.

O filho que não fiz
faz-se por si mesmo.

(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 23 de outubro de 2010

Gratidão água

Irmã mãe, que nutri, alimenta, hidrata e tranquiliza.... Fico agradecido pelas emoções derramadas do céu, me presenteia com ar e alma pura, gratidão plena pelo coração aliviado de dores humanas... Minha terra sentia sede e meu corpo muito calor, sua presença nos acalenta com seu toque de doçura e umidade de amor.

Teu cheiro me traz sonhos e infância, tua união com a terra me traz lama, piso, piso e pulo.... um grande encontro entre o céu e a terra pelos pés e depois pra dentro de mim, virei a terra e o céu dos pés a cabeça... e hoje já não sei mas.... tu sempre chega e sempre vai, mesmo assim sempre presente, isso sim é um grande presente...

Só tenho a agradecer

Te amo Água!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

...

Do meu afeto Descortinando o véu dos mistérios meus

Lindo menino
Homem peregrino
coração Valente
Me abocanham seus dentes
De tigre voraz
Despertando animais
Ao som do tambor
Que toca
As estrelas no Céu

Santa alquimia
Sana
Nossa sandices
Transmutadas
Em odores
Ardores
Alentos
Movimentos sedentos
De cores mais
Verdadeiras

Amor abriga
Amor amigo
Não conhece barreiras
Supera fronteiras
De tempo e cenário
Desconhece clichês
E idades
Vence o olvido
Resgatando antiguidades
Sussurradas
No Templo do Silencio
Quando Xamãs
Fumaram a eternidade
Fiando
Na teia do Futuro
A certeza do encontro.

(Gisneide Nunnes Ervedosa – “De Eros e Ágape”)

sábado, 21 de agosto de 2010

Contos de Cronus I

O Aguadeiro trouxe o Sol nas mãos aquela manhã, a Lua em Leão estava em total plenitude com a chegada do Rei da Luz, nascido da união casual do "Refém brilhante" com a "Mãe Luz", era às 05 do dia 05 de Marte e Ano 05, a liberdade e o espírito aventureiro foram predestinados pelos números...

Uma criança tranquila, serena, gostava de andar pelas veredas das matas e perseguir panapanã... Olhava as flores e passava horas em contemplação. Tudo era novo no novo mundo. E tudo que talvez não fosse tão comum para os já moradores daquele planetinha(ão), parecia tão familiar para o pequeno "reizinho da luz"... Um dos fatos ainda na sua primeira infância que me surpreendia eram suas brincadeiras com crianças vindas da mata, parecia tão real o que para muitos é irreal e irracional de se pensar... Como poderia ser possível brincadeira como essas? De onde vinham aquelas crianças? Será que de suas lembranças futuras!? Ou eram realmente reais?!

Sempre teve aptidão pelo mundo de onde sabes que vieras, e para estimular ainda mais sua intuição, sua avó havia de ensinar orações e cantos sagrados da Tradição.

...

domingo, 15 de agosto de 2010

Cerveja e churrasco de abacaxi

Tom Zé ao fundo...
amigos na leitura profunda, e no simbolismo dos livros..
já já o sol apronta o alimento feito do fogo,
a mente fica livre com a cerveja e companhia dos Rôs
a primeira garrafa se foi... nos resta agora esperar o fogo e o sol.

volto jájá..

voltei...

agora de buxo cheio...
o papo é drogas e alucinógenos...
lembranças boas...
a surpresa era um pardal gelado.
agora ao som de algo chato.
"pra você ver como a cerveja deixa você em uma estado alterado, você sóbrio acha isso maravilhoso"
tarde agradável....
ainda temos o dia...

e ainda tem mais abacaxi, cerveja e queijo.

=)
;D